Animais Fantásticos consegue mostrar um mundo novos naquilo que os fans já conheciam e surpreende
Verdade seja dita um para uma geração que cresceu com os livros e filmes criados J.K. Rowling, foram anos difíceis viver sem o mundo mágico dos bruxos criados pera escritora inglesa.
Para uma legião de fans foi um vazio que tomou o coração de diversos potterheads(fans da franquia) dos mais variados lugares do mundo até que, em 2013, a Warner Bros. anunciou a continuação da franquia com Animais Fantásticos e Onde Habitam.
Surgiria então uma nova e inesperada trilogia (que agora serão cinco filmes) que promete acompanhar o estudioso Newt Scamander (autor do livro didático adotado em Hogwarts), e revelar criaturas extraordinárias em novos cenários da década de 20, cerca de 70 anos antes de Harry Potter.
O que temos inicialmente é uma trama de certa forma inocente focada em comédia, com um atrapalhado Newt perdendo seus animais pela Nova York da década de 1920, logo a trama se torna um pouco mais complexa. Já na primeira cena do longa temos aquilo que será a verdadeira temática da nova franquia, jornais apontando Grindelwald, um bruxo que é obcecado pelas Relíquias da Morte, como a ameaça a ser temida.
O roteiro escrito pela autora não é tão conciso quanto deveria, mas de certa forma trabalha bem esses encontros e desencontros dos personagens,e com isso temos personagens trabalhando de maneiras bem específicas a fim de nos reapresentar o mundo mágico que já conhecemos, porém com algumas diferenças, já que o foco dessa nova franquia deverá ser viajar pelo mundo e não mais viver aventuras dentro de uma escola.
A nova história de Rowling é bem notável na maneira em que consegue encantar os fans, pois as criaturas movimentam a trama, garantindo o lado fantasioso da história, porém a trama transita muito bem esse lado com suas ameaças (Grindelwald e Nova Salem). Outro ponto que fica bem claro na história é como Rowling trabalha a questão do preconceito, pois esse é o filme dos excluídos e que sofrem Bulling.
A direção é de David Yates o que traz ao longa a experiência dos quatro últimos títulos da franquia, o que é uma grande vantagem já que ele sabe como traduzir visualmente a imaginação de J.K. Rowling.
O elenco, conta com figuras muito boas e o maior acerto da franquia foi a escolha de Eddie Redmayne para viver Newt ScaScamander. Como de prache a franquia mantém um time para viver a aventura.
No papel da burocrata e ex-aurora Tina, temos Katherine Waterston que é a ponte de acesso ao Congresso Mágico dos Estados Unidos da América (MACUSA) que cuida dos dramas enfrentados pelos bruxos locais, como sua irmã, Queenie temos Alison Sudol, que é uma excelente legimens, já o alívio cômico do filme fica por conta de Jacob vivido por Dan Fogler, que é um trouxa ou um no-majis como são chamados nos EUA.
Temos aqui uma aparente divisão entre luz – Newt, Tina, Queenie e Jacob – e trevas – Mary Lou (Samantha Morton), Credence (Ezra Miller) e Percival Graves (Colin Farrell).
Johnny Depp como Grindelwald também participa do longa, mas com uma participação curta demais para fazer um julgamento preciso. O que preocupa quanto a essa escalação não é pelo fato do talento do ator que é inegável, mas sim, pelo “desgaste do ator”, já que estamos claramente acostumados a vê-lo como personagens extremamente esquisitos.
A verdade é que Animais Fantásticos e Onde Habitam traz a nostalgia de vivermos novamente o mundo mágico cruado por Rowling e é um filme que está começando um novo lado da franquia sem se apoiar nos longas anteriores o que é bom, e dá um novo ar a franquia que tem tudo pra dar certo.
Nota do filme 8,4
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