Começo essa crítica com uma afirmação simples, Coringa é um dos melhores filmes que assisti esse ano!
O longa é de uma complexidade e ao mesmo tempo de uma simplicidade impessionante, pois podemos acompanhar a construção de um dos maiores vilões da história em quadrinhos e Joaquin Phoenix entrega uma das senão a sua melhor atuação.
O longa é uma mistura completa de humor negro e drama e isso é muito bem fetito quando acompanhamos a história de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que é um homem que luta para se integrar à Gotham mergulhada ao Caos onde ricos não se importam com os pobres(onde foi que eu vi isso???). O personagem tenta manter a sua casa e sustentar sua mãe, trabalhando de dia como palhaço e tentando a sorte como comediante de stand-up à noite.
Uma das grandes sacadas do diretor Todd Phillips é retratar o longa entre o final dos anos 70 e o início dos anos 80, evitando acertadamente qualquer tipo de conexão com outros heróis fora uma leve referência ao homem morcego no final. E foi melhor assim, afinal de contas esse é um filme do Coringa.
Vale ressaltar a versão anarquista e calculista com Heath Leadger, até então era a melhor de todas e Joaquin Phoenix nos entrega um personagem mais instável, louco e com uma inocência macabra.
Uma marca do coringa é a sua risada e a forma como foi demostrado o surgimento da mesma no longa é bem interessante, já que no início ele explica que tem um problema psicológico que o faz rir em momentos inapropriados (um problema que realmente existe e é chamado de afeto pseudobulbar), mas claro que essa não é a única risada do personagem, Phoenix consegue nos passar em sua atuação cada uma delas de acordo com o estado de espírito do Coringa em cada momento, seja ele tentando agradar uma pessoa, seja ele se divertindo em momentos inapropriados ou até mesmo rindo de nervoso.
A preparação física do ator ajudou muito (Phoenix perdeu 29 quilos) para o papel o que ajudou a guiar a história com maestria.
Admito que no começo, achei que assistiria uma história de origem tradicional, onde acompanhamos um homem sendo massacrado por tudo e por todos até ele ceder a loucura.
Mas não foi isso que vi, pois o roteiro usa a loucura do personagem como um recurso narrativo e nada é exatamente o que parece, méritos da liberdade dada pela Warner deu para Philipps (que também é roteirista), já que esse longa não é baseado em nenhuma HQ clássica, apesar de leves referências a alguns momentos históricos como o sonho de trabalhar com stand-up de A Piada Mortal.
Coringa é com certeza um filme que chega a assustar pela qualidade e com certeza é um longa acima da média, seja por grandes atuações, fotografia e uma história muito bem contada.
Na minha opinião essa é a linha de sombrio e realista que a DC deveria seguir daqui pra frente.
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