Remake de Dead Space acerta por preservar a experiência original

Não é algo recente o remake de jogos para as novas gerações de console, seja com remakes como RE1, RE2, e RE3 dentre outros, agora a bola da vez é e com a franquia de Dead Space.

O jogo foi reconstruído no motor gráfico Frostbite, o mesmo da série Battlefield. O objetivo da desenvolvedora é resgatar a grandeza do título original, com visuais modernizados e melhorias nas mecânicas.

Ambientado no futuro distante em que a humanidade já se espalhou pelas estrelas, o game segue um engenheiro espacial Isaac Clarke. Acompanhado de uma pequena equipe, você é enviado para investigar o que aconteceu na USG Ishimura, uma colossal nave mineradora à deriva no espaço – onde Nicole Brennan, a namorada do protagonista, atua como médica chefe.

Não demora quase nada para o grupo de resgate descobrir que algo horrendo aconteceu na Ishimura, ao se depararem com um massacre e uma infestação de Necromorfos, criaturas violentas que são cadáveres humanos reanimados e distorcidos. Munido apenas das ferramentas de trabalho, o protagonista precisa vagar pelos corredores escuros da nave, em busca tanto da namorada, quanto de entender a causa do incidente.

Uma das principais mudanças do game é que agora Dead Space é um pouco menos linear. Ainda que a Motive tenha colocado como objetivo reproduzir o clássico com fidelidade, decidiu equilibrar isso com a expansão dos cenários e da narrativa. Essas mudanças podem não ser exatamente bombásticas, mas ajudam a justificar a existência do remake além da reencenação.

Dead Space (2008) precisava de um remake? A resposta é não, já que o que consagra a nova versão são as qualidades que se mantêm atemporais no original. Ainda assim, sua modernização definitivamente não deve ser desmerecida. A Motive preservou o legado da obra da Visceral, e fez sua contribuição através de expandir esse universo para permitir mais atuação do jogador, e também para aprofundar a narrativa.

Os fãs do clássico, que lamentam a morte prematura da série, recebem um presente que vai além do saudosismo. Já os novatos que não conheceram Dead Space quando era viva poderão entender bem o que tornou a saga um ícone do survival horror – mas, é bom lembrar, a mesma impressão pode ser tirada ao jogar o game de 2008 nos dias de hoje.

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