Lançado ainda no final de Dezembro, Dois Papas é o novo filme do diretor Fernando Meirelles (Cidade de Deus, Ensaio Sobre a Cegueira) na Netflix.
Tudo se inicia com a morte de João Paulo II, em 2005, quando a Igreja Católica ficou sem o seu maior representante e perdendo assim sua figura mais querida e popular. No conclave é eleito o seu substituto, Bento XVI, trazendo de volta valores conservadores que alguns membros da Igreja tanto queriam, mas ao longo dessa jornada o próprio Papa percebe que a igreja estava perdendo os fiéis e acaba renunciando ao posto, que é ocupado pelo argentino Jorge Mario Bergoglio, o atual Papa Francisco.
O longa retrata de maneira divertida e interessante essa história, ponto para o roteirista Anthony McCarten (A Teoria de Tudo) que soube alocar os diálogos de maneira inteligente deixando confortáveis Jonathan Pryce (Papa Francisco) e Anthony Hopkins (Papa Bento).
Vale ressaltar que Meirelles fez um excelente trabalho aqui, pois tanto Hopkins quanto Pryce entregam atuações impecáveis e dignas de um oscar.
Meireles não deixa o ritmo cair e segue uma constante e mesmo com mais de duas horas o filme não é cansativo. São tratados assuntos importantes como pedofilia, ditadura argentina e corrupção mas mesmo assim o diretor ainda sabe os momentos exatos de descontrair com piadas e música pop.
Cenário e ambientação também são muito bons visto que são utilizados castelos de Roma que não deixam a desejar se comparados aos prédios reais do Vaticano.
Confesso que assisti a Dois Papas sem grandes expectativas e me surpreendi tanto pelas atuações quanto pelo longa que é uma obra baseada em fatos reais.
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[…] lembrar que muitos bons filmes como Dois Papas e O Irlandês ficaram de fora dessa lista, mas estão sendo lembrados como uma menção […]