2017 prometia ser o grande ano para a franquia Resident Evil. Tanto nos games, ja que a Capcom lançou o sétimo episódio da série com uma volta ao horror, quanto nos cinemas, com a estreia da última aventura de Alice (Milla Jovovich) no longa “Resident Evil 6: O Capítulo Final”.

Depois de uma longa espera, já que seu antecessor “Resident Evil 5: Retribuição”, foi lançado em setembro de 2012, foram longos quatro anos e meio para que o projeto saísse do papel e ganhasse as telonas.  Diversos motivos contribuíram para o atraso no cronograma do longa, desde a gravidez de Milla Jovovich até acidentes com a equipe do longa.

 

O filme é bom?

Depende do angulo ao qual você quer avaliar o longa, pois de certa forma sim, “Resident Evil 6: O Capítulo Final” é um filme ruim, mas não precisa se desesperar e sair hateando o filme nas redes sociais. O longa tem seus bons momentos, porém deve-se levar em consideração diversos fatores que fazem com que o fechamento da saga fique aquém do que se esperava, até para quem curte esse estilo mais despojado da franquia.

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Assim como os filmes antriores, “Resident Evil 6”, tem um roteiro simples e enxuto, com a finalidade de guiar o público e essa simplicidade na linha condutora do filme, acaba se revelando uma de suas principais fraquezas.

O primeiro ato começa bem acelerado o que é bom, trazendo a tona uma retrospectiva da franquia.

Se tudo é épico, nada é épico

A impressão que se deixou especialmente pelo que eu vi na CCXP é que o filme tinha a intenção de ser épico em todos os momentos, mas acaba caindo na seguinte condição, se tudo é épico, nada é épico, um exemplo disso é “Mad Max: Estrada da Fúria”, que sempre tem um respiro entre as cenas de ação para que o público consiga digerir o que foi mostrado antes de partir para a próxima luta, briga ou perseguição insana. Em Resident Evil 6 ao contrário, temos um silêncio infundado quando o longa se prepara para cenas de susto ou de impacto.

Roteiro que peca?

O segundo ato de “Resident Evil 6: O Capítulo Final” peca com uma grande inconsistência em todos os sentidos, pois ao chegar aos arredores de Raccoon City e se reencontrar com Claire (Ali Larter), Alice acaba em uma subtrama totalmente dispensável e que só serve para prolongar a história e atrasar o cronograma (que já é bem apertado) de Alice, já que ela tem que salvar a humanidade.

Também temos a inserção de novos personagens que são totalmente dispensáveis (onde estão Leon, Barry, Ada que foram apresentados no longa anterior?). O exercito de zumbis gerados por computação gráfica também não ajuda muito…

Já no terceiro ato a coisa melhora um pouco, já que o ritimo do longa acelera um pouco mais e a trama ganha um fôlego que parecia ter sido perdido, com algumas armadilhas ao estilo de “Jogos Mortais” a fim de eliminar os personagens desnecessários, o retorno à Colmeia traz uma certa nostalgia aos fans da da série, e a luta final que surpreende de certa maneira.

Mas vale a pena assistir?

Depois de tudo o que disse aqui sim, vale a pena assistir, pois “Resident Evil 6: O Capítulo Final” é um filme obrigatório para qualquer fã da franquia. Vale dizer que a indústria cinematográfica ainda luta para conseguir emplacar bons filmes baseados em games, vale ressaltar “Warcraft” e “Assassin’s Creed”.

O grande diferencial da fanqui nos cinemas foi a decisão de não se prender ao material original e de ter a liberdade de poder criar a sua própria mitologia nas telonas, tirando o foco de personagens conhecidos e criando uma nova personagem, mas sempre com a inclusão de pitadas certeiras de alguns elementos dos jogos.

Justamente por isso fica muito, mas muito difícil não querer saber como a aventura e Alice termina.

No fim das contas, “Resident Evil 6: O Capítulo Final” é um filme que, mesmo com seus problemas e em meio a trancos e barrancos, encerra uma franquia de sucesso nos cinemas, estando em um patamar abaixo dos capítulos anteriores, com um roteiro praticamente inexistente e com um ritmo fraco a partir do segundo ato, porém é um filme com uma certa diversão.

Nota 7,1

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