A mistura de comédia e terror tem conseguido o seu lugar entre os fãs do gênero e uma prova disso são títulos como A Babá (2017), Terror nos Bastidores (2015) e até mesmo a franquia Pânico, criada em 1996 por Wes Craven, já dava indícios do gênero.
Com o potencial desse nicho, a Netflix decidiu produzir a trilogia Rua do Medo, baseada na obra de R.L. Stine e dirigida por Leigh Janiak.
O primeiro longa, Rua do Medo: 1994 – Parte 1, disponível na plataforma, se passa em 1994, em Shadyside, uma cidade do interior dos Estados Unidos assombrada por assassinatos em série.
O longa é cheio de referências a produções de terror, como Halloween (1978) e It: A Coisa (2017) e logo no início já fica explícito que o longa será uma tentativa de homenagem aos títulos do gênero.
Os primeiros acontecimentos dão o pontapé para o desenvolvimento da história do grupo de amigos formado por Deena (Kiana Madeira), Sam (Olivia Scott Welch), Josh (Benjamin Flores Jr.), Kate (Julia Rehwald) e Simon (Fred Hechinger).
O roteiro apresenta bastante potencial, já que apresenta pontos diferentes do que estamos acostumados em filmes slasher: além da identidade do assassino ser revelada logo no começo, os crimes acontecem por causas sobrenaturais.
Paramos por aqui pra não estragar a experiência de assistir à Rua do Medo: 1994 – Parte 1. A mistura de subgêneros do terror, somada à tentativa exaustiva de mostrar que conhece e referencia os grandes títulos, torna a narrativa meio sem graça, tipo sessão da tarde.
Com um humor relativamente fraco, mas que prende e sustos que não funcionam, o longa se torna meio que irrelevante ao seu fim, mas como essa é apenas a primeira parte de uma trilogia, alguns poucos mistérios remanescentes aguçam a curiosidade dos espectadores de seguir assistindo aos outros filmes e, caso eles sejam melhores, podem tornar a primeira parte relevante quando a obra foi analisada no geral.
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