Supermax tem algumas falhas consideraveis mas está no caminho certo e promete!
Supermax é uma produção que logo de cara traz alguns problemas. Temos Os 12 participantes de um reality show ficcional, que se passa em cadeia de segurança máxima isolada na Floresta Amazônica.
Um dos grandes problemas é o excesso de inspiração no reality global, o que faz com que os atores não consigam desenvolver seu potencial e consequentemente não ajuda em nada na narrativa, isso porque eles brigam e fazem as pazes de uma maneira muito rápida assim como quem troca de roupa, em uma oscilação de comportamento que é conveniente a série.
Inovação é chave!
A série tenta inovar nesse quesito, visto que o Brasil carece de obras que sigam essa linha. Em Supermax temos personagens que representam tipos bem específicos: um capitão da Polícia Militar, um jogador de futebol, uma enfermeira, um médico, uma ex-garota de programa, um ex-padre, etc. De certa forma essa estereotipação chega a incomodar, pois todos os personagens sem exceção agem praticamente todo tempo como meros estereótipos de suas categorias, faz-se uma necessidade de cada personagem afirmar o que ele é e o que faz na série, o que de certa forma empobrece as atuações e os diálogos.
Apesar de as produções brasileiras ainda serem bem menos sofisticadas do que as produções norte americanas por exemplo, a série tem como pontos fortes, assuntos como eutanásia, corrupção política, abuso policial, violência doméstica, identidade de gênero, torturas na ditadura, pedofilia na igreja dentre outros, assim como a questão sobre matar que é levantada pelo padre Nando (Nicolas Trevijano) pois reflete um ponto de virada positivo a partir da metade da temporada.
A partir da metade da série ela começa a se tornar mais interessante, pois o lado melodramático deixa de ser explorado e passa a dar uma certa ênfase ao suspense de fato, quando o grupo percebe que foi abandonado.
Sérgio (Erom Cordeiro) passa a agir como líder e convence, Mariana Ximenes (Bruna), apesar de boa atriz mantém vício de interpretação de novela assim como sua colega de profissão Cléo Pires (Sabrina), e algo inaceitável é a aparição de Pedro Bial como apresentador do reality fictício, pois Bial não é ator e isso sinceramente não convence, pois ele como ator é um excelente apresentador.
Posso dizer que o grande acerto da Globo foi lançar quase toda a temporada de uma vez, visto que para muitas pessoas, a Netflix tem o melhor formato de exibição pois permite que o espectador siga assistindo a diversos episódios em maratona até chegar àquele momento em que a série irá fisgá-lo, apesar de isso demorar um pouco para acontecer, pois Supermax começa a fisgar o espectador a partir do 5°/6° episódio, isso sem contar que o melhor capítulo é o décimo!
Nota 7,1
Confira também a crítica que disponibilizei no Youtube:
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