Há quem diga que se não for fiel a HQ não é bom ou não tem graça, mas não é bem assim e uma prova disso é The Old Guard.
Salvo algumas modificações, o que podemos acompanhar no longa da Netflix é muito simipar ao primeiro arco da HQ, onde somos apresentados a um grupo de guerreiros que não morrem, e era após era são obrigados a ver às guerras dos homens até chegar nos dias de hoje, quando eles agem como um esquadrão de operações especiais tentando fazer o bem no mundo.
O grupo composto de etnias diferenciadas é liderado pela personagem de Charlize Theron, grupo este que tem desde os cavaleiros rivais das Cruzadas até o sobrevivente das guerras napoleônicas.
Um dos pontos focais da hq que serve de inspiração para o filme, é a desilusão com a humanidade, e a banalização da violência, que dá a trama algumas pinceladas a la Tarantino. A diretora Gina Prince-Bythewood consegue manter essa violência, que não vem de maneira flúida e automática como se é percebida na HQ.
The Old Guard mostra que deve-se ter cuidado ao realizar determinados tipos de adaptações das Hq’s para as telas, pois nem sempre o tratamento de movimento em três dimensões e com texturas, a violência exibida na tela difere e muito da exibida vista no papel.
Vale lembrar que ao assistir The Old Guard, sem uma visão voltada para uma hq, o filme pode ser visto como um filme razoável, mas se for visto com os olhos de quem conhece e já leu a história, o longa pode ser de razoável a meio decepcionante, salvando-se apenas a participação da protagonista.
Concluindo, The Old Guard é um filme que diferentemente de O Resgate também da Netflix, é incapaz de articular um olhar sobre a violência e acaba recorrendo a flashbacks históricos, refugiando-se em correrias e lutas e tiroteios.
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